domingo, 30 de dezembro de 2012

Pesquisas científicas sobre os videntes

Pesquisas científicas sobre os videntes


A comissão internacional científica e teológica franco-italiana “Sobre os acontecimentos extraordinários que ocorrem em Medjugorje”, foi composta por 17 renomados cientistas, médicos, psiquiatras e teólogos e no dia 14 de janeiro de 1986, reunidos em Paina (perto de Milão- Itália), após  pesquisas chegou as seguintes 12 conclusões:

  1. Com base nos testes psicológicos, de todos e cada um dos videntes  pode se excluir, com  segurança, qualquer tipo de fraude e engano.
  2. Com base nos exames médicos, testes, observações clínicas, etc., para todos e para cada um dos videntes, pode se excluir que se trate de alucinações patológicas.
  3. Com base nos resultados das pesquisas previamente realizadas, em todos e em cada um dos videntes, pode se excluir uma interpretação puramente natural deste fenômeno. 
  4. Com base nas informações e observações que podem ser documentadas, pode se excluir para todos e cada um dos videntes, que as manifestações sejam de ordem anormais, isto é, sob influência diabólica. 
  5. Com base nas informações e observações que podem ser documentadas pode se afirmar que existe uma correspondência  entre estas manifestações e as que geralmente são descritas na teologia mística.
  6. Com base nas informações e observações que podem ser documentadas se pode dizer que os videntes progridem espiritualmente, bem como  nas virtudes teológicas e morais, desde o início das manifestações até agora. 
  7. Com base nas informações e observações que podem ser documentadas pode se excluir que os ensinamentos e os comportamentos dos videntes  estejam em contradição com a fé e a moral cristã. 
  8. Com base nas informações ou observações que podem ser documentadas pode se falar dos bons frutos espirituais nas pessoas atraídas pela atividade sobrenatural destas manifestações e nas pessoas favoráveis a elas.
  9. Há mais de quatro anos, as diversas correntes e movimentos que nasceram através de Medjugorje, devido às manifestações, têm uma influência no povo de Deus e na Igreja que está em perfeita consonância com a doutrina e moral.            
  10. Após quatro anos, pode se dizer que os movimentos nascidos em Medjugorje deram frutos espirituais permanentes e objetivos. 
  11. Pode se afirmar que todas as iniciativas boas e espirituais da Igreja, em perfeita consonância com Magistério autêntico da Igreja, encontram apoio nos acontecimentos de Medjugorje.
  12. Conseqüentemente se pode concluir que, após um estudo profundo dos protagonistas, dos fatos e seus efeitos, não só a nível local, mas levando em consideração os ecos na Igreja em geral, é bom para a Igreja reconhecer  a origem sobrenatural e então, os propósitos dos acontecimentos de Medjugorje.
     
Até o presente, esta é a pesquisa mais consistente e mais completa dos fenômenos de Medjugorje e justamente por isso a mais positiva do que ate agora foi dito do ponto de vista cientifico e teológico.

Conversa com meu povo: O Fim do mundo

Conversa com meu povo: O Fim do mundo

Não é brincadeira! O mundo vai acabar! Com toda certeza, um dia Deus será tudo em todos, as coisas antigas passarão,contemplaremos o Filho do Homem vir nas nuvens com grande poder e glória (Mc 13,26). Mas... “quanto àquele dia, ninguém sabe, nem os anjos do céu,nem o Filho, mas somente o Pai” (Mc 13,24-32). É da segunda carta de São Pedro a recomendação: “O que esperamos, de acordo com a sua promessa,são novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça. Vivendo nesta esperança, esforçai-vos para que ele vos encontre numa vida pura, sem mancha e em paz. Considerai também como salvação a paciência de nosso Senhor” (2 Pd 3,12-15). Aliás,já vivemos no fim dos tempos, desde que veio o Senhor e Salvador, Jesus Cristo. Inaugurou-se,pela bondade de Deus, o tempo novo. Somos por ele chamados a viver nesta terra antecipando e apressando o dia de Deus (cf. 2 Pd 3,12).


Logo, nenhuma preocupação com o fim do mundo, mas muita ocupação em viver neste mundo com justiça e piedade. Quando se completar a obra, esta chegará ao seu término, estará pronta, chegará ao fim! Vale a pena buscar um roteiro de viagem para a caminhada nesta terra, ocupando-nos com o que constrói desde já o Reino de Deus, no qual também os seus filhos reinarão.


Temos uma virtude, que é dom de Deus recebido de presente no Batismo,a esperança, que nos dá a certeza de não estarmos num beco sem saída.Não fomos jogados neste mundo, como obra do acaso! Temos nome diante a face de Deus, somos reconhecidos e tratados como filhos e destinados à felicidade.O Pai do Céu fez este mundo como paraíso para suas criaturas, e é nossa missão lutar para que ele seja assim e para todos. Daí, faz parte da missão do cristão reconstruir, consertar, tomar iniciativa, espalhar o bem, semear por acreditar na colheita, não só aquela do final dos tempos, mas as muitas e sucessivas florações do jardim de Deus em torno a nós. Em qualquer etapa da viagem, a meta é certa!


Não perder tempo, mas preencher com amor a Deus e ao próximo cada instante da existência. Quem chega ao fim de um dia maravilhosamente cansado, depois de ter feito o bem, será feliz e realizado. Nem terá tempo para medo de escuridão ou dos inexistentes fantasmas que podem povoar a “louca da casa”, a imaginação. Não terá medo da morte, pois sabe que ela um dia chegará no melhor momento da existência de cada pessoa. É que Deus, sendo Amor,colherá  a flor da vida de cada filho ou filha no tempo certo, pois para ele um dia é como mil anos e mil anos como um dia (Sl 89,4). Ninguém na ociosidade! Não perder tempo!


Ao longo da estrada, há sinais oferecidos por Deus, mostrando o rumo da viagem. Pode ser o irmão caído à beira do caminho, um grito que pede atenção. Ali, há que descer da montaria de nosso orgulho ou falta de tempo, derramando o óleo e o vinho do afeto (Cf. Lc 10,30-37), dando o que pudermos para que aquele que caiu seja confiado à “estalagem” chamada Igreja, a quem cabe cuidar da humanidade até o Senhor voltar! Muitas vezes será a palavra anunciada, “oportuna e inoportunamente” (2 Tm 4,2), cujo som ecoa e chega ao ouvido e ao coração. Até o Senhor voltar, sinal será a comunidade que participa da Eucaristia, enquanto espera sua vinda, clamando quotidianamente “Vem, Senhor Jesus”. Na Eucaristia, torna-se presente o sacrifício de Cristo, sua Morte e Ressurreição. Mesa preparada, irmãos acolhidos, Céu que se antecipa e nos faz missionários! Acolher a todos e fazer crescer a Igreja.


Quem escolhe o seguimento de Jesus Cristo prestará atenção nos “sinais dos tempos”, aprendendo com as lições de sua história pessoal e dos acontecimentos. Para dar um exemplo,ao ler ou ouvir as notícias diárias de crises, crimes ou desastres, saberá ir além dos sustos ou escândalos. Ao invés de achar que o fim do mundo está chegando, porá mãos à obra,buscando todos os meios para que o dia de amanhã seja melhor do que hoje.Será sua tarefa ir além das eventuais emoções oferecidas pelos acontecimentos, para edificar com serenidade e firmeza o futuro. Se para tanto haveremos sempre de contar com a graça de Deus, que ninguém se esqueça de que, após a criação do mundo, o cuidado com tudo o que era “muito bom” (Cf. Gn 1,1-31) foi entregue ao homem e à mulher.Responsabilidade!


Mais ainda! Quem olha ao seu redor, verá que a viagem se faz em comunhão com outras pessoas. Ninguém tem todos os dons e todas as capacidades. O apóstolo São Paulo já ensinava,comparando com o corpo a vida da Igreja (Cf. 1 Cor 12,1-31) o jeito de partilhar com os outros na aventura da existência nesta terra.Enquanto caminhamos, é bom aprender as leis da eternidade, onde Deus será tudo em todos. Partilhar os dons e os bens, superar a ganância e aproveitar todas as ocasiões para estar com os outros, construindo um mundo de irmãos. Na eternidade, não haverá luto, nem dor, egoísmo ou tristeza! É bom antecipá-la!Assim, ouvir a Igreja que fala do fim dos tempos, será uma positiva provocação a todos os cristãos. Atenção aos avisos de trânsito na estrada do Reino definitivo: “A meta é certa!”; “Não perder tempo!”; “Acolher a todos e fazer crescer a Igreja!”; “Responsabilidade!”; “Antecipar os valores da eternidade!” Poderemos então rezar confiantes: “Senhor nosso Deus, fazei que nossa alegria consista emvos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa servindoa vós, o criador de todas as coisas”. Amém! Maranatha! Vem,Senhor Jesus! Amém!


Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém (PA)
Fonte: CNBB

O Papa e Medjugorje

Papa Joao Paulo II

O Papa e Medjugorje

Medjugorje à Luz da visita do Papa a Sarajevo
O Papa veio e foi-se de Sarajevo, e não visitou Medjugorje, como muitos  esperavam que ele fizesse, considerando-se a visível boa vontade do Papa com relação aos eventos na paróquia de Medjugorje.  Nós nos recordamos que o presidente croata, Franjo Tudjman, precedendo imediatamente a vinda do Papa a Sarajevo, testemunhou, perante uma reunião de políticos e padres, que o Papa João Paulo II, em sua mais recente conversa, disse que, na ocasião de sua visita a Sarajevo, ele também quis visitar Medjugorje.  O bispo local Ratko Peric  estava presente nessa ocasião e não fez nenhum comentário sobre o caso.

O que o Papa disse, por trás das câmeras, aos líderes da Igreja reunidos em Sarajevo, não sabemos e  provavelmente não saberemos.  O que se conhece é sua pergunta sobre quem era o provincial da Província franciscana na qual a paróquia de Medjugorje está localizada.  Também se sabe que ele mencionou o nome Medjugorje com um sorriso, na ocasião de sua chegada a Sarajevo, no jantar  que houve na Escola Católica de Teologia e em sua partida. De modo geral não houve muito tumulto em relação a isso.

Os espíritos só se perturbaram após a audiência papal regular, na quarta-feira imediatamente depois da visita a Sarajevo.  De acordo com os relatórios das agências de notícias, o Papa,  entre outras coisas, disse: “Durante a guerra, as peregrinações dos fiéis ao santuário mariano localizado na Bósnia Herzegovina não cessaram, assim como em outras partes do mundo, especialmente em Loreto, para pedir à Mãe das Nações e à Rainha da Paz que interviesse  nas regiões sofredoras”.  Essas palavras do papa foram interpretadas por muitos como seu reconhecimento indireto dos eventos de Medjugorje.

É difícil dizer o que a Igreja fará com relação aos acontecimentos de Medjugorje.  Considerando-se que a Conferência de Bispos da Iugoslávia não mais existe, não há mais uma comissão determinada por ela para acompanhar os eventos na paróquia  de Medjugorje.  A Igreja, portanto, terá que fazer algo.  Medjugorje, enquanto isso, prosseguirá e a frase das Sagradas Escrituras, que diz que uma árvore será conhecida pelos frutos, se tornará realidade.

O PAPA, MEDJUGORJE E O PROVINCIAL DOS FRANCISCANOS DA HERZEGOVINA
Quando o Papa João Paulo II visitou a  Bósnia Herzegovina,  em 12 e 13 de abril de 1997, muitos esperavam que fosse  a Medjugorje, pois em várias referências ele tinha expressado tal desejo.  Infelizmente,  não aconteceu.  Mesmo assim, o Papa não se esqueceu de Medjugorje.

No aeroporto de Sarajevo, dia 12 de abril, os primeiros a esperar a chegada do Papa eram os bispos e provinciais da Bósnia Herzegovina.  Quando o provincial da Província de Saravejo, Frei Andrej Andjelovic,  aproximou-se do Papa para cumprimentá-lo, o Papa fez à ele a pergunta:  “Medjugorje?”  O provincial apontou para Frei Tomislav Pervan, o provincial da Herzegovina, que disse “Eu sou de Mostar e de Medjugorje”.  O Papa acenou com a cabeça satisfeito e disse: “Medjugorje, Medjugorje”.  Todos os que assistiam pela televisão à chegada do Papa também viram isso.

Enquanto o Papa orava com os que estavam reunidos na catedral de Sarajevo, ele rezou duas vezes referindo-se à Rainha da Paz na Bósnia Herzegovina.   Muitos entre os presentes interpretaram isso como um pedido de intercessão da Rainha da Paz em Medjugorje.

Depois do jantar, na Escola de Teologia Católica de Sarajevo, Frei Tomislav, aproveitando a ocasião, deu um presente pessoal ao Papa,  um  monograma fotografado sobre Medjugorje, que os franciscanos da paróquia tinham enviado.  Naquela ocasião, o Frei falou rapidamente com o Papa sobre  Medjugorje.  O Papa nada disse, mas  pela expressão de sua face, ele aceitou tanto o presente quanto o comentário, com satisfação e interesse.
Na partida do Papa, no aeroporto de Sarajevo, Frei Tomislav Pervan  disse: “Santo Padre, estamos esperando o senhor em Medjugorje”.  O Papa respondeu com um sorriso “Medjugorje, Medjugorje”, como pôde ser visto também na televisão.

O PRESIDENTE DA CROÁCIA, MEDJUGORJE E O PAPA
Conforme o acordo de paz de Dayton, a República da Croácia e a Federação da Bósnia Herzegovina deveriam eventualmente compor uma confederação.  Uma das maneiras essenciais para se chegar a isso seria a união em nível econômico.  Portanto, o Presidente croata, Franjo Tudjman, dia 15 de março de 1997, participou da reabertura da produção da fábrica de alumínio local em Mostar.

Após as festividades, o Presidente croata, por vontade própria, veio visitar o Santuário da Rainha da Paz em Medjugorje.  Ele foi recebido  pelo Provincial da província franciscana da Herzegovina, Frei Tomislav Pervan, e pelo pároco local, Frei Ivan Landeka.  Movido pelo encontro no santuário e pelas saudações da multidão, acima de 30.000 pessoas, de todas as partes da Bósnia Herzegovina, o Presidente parou para conversar com os padres reunidos.  Estavam presentes  os padres que serviam em Medjugorje  e sacerdotes das paróquias vizinhas.  Também estavam presentes, como também em Mostar, o bispo local Ratko Peric e um grupo de 15 entre os mais gabaritados oficiais da República da Croácia e da Federação da Bósnia Herzegovina.

Entre outras afirmações, Franjo Tudjman  disse: “De novo eu repito que, na ocasião  de minha última conversa com ele, o Papa João Paulo II disse que, quando visitasse a Bósnia, ele também gostaria de visitar Medjugorje.”

As mais recentes notícias dizem que o Papa  não visitará Medjugorje dia 13 de abril.  Mas, é bom saber que ele gostaria.


DECLARAÇÕES DO PAPA JOÃO PAULO II SOBRE MEDJUGORJE

Estas declarações não estão autenticadas pelo selo e pela assinatura do Papa, mas chegaram até nós através de pessoas em quem confiamos.  Por isso, as inserimos sob o título de “Documentos”.
1.  Em uma conversa particular com a vidente Mirjana Soldo, o Papa disse:  “Se eu não fosse Papa eu já estaria em Medjugorje atendendo confissões”.  (1987).

2.  Monsenhor Murillo Krieger, antigo bispo de Florianópolis, no Brasil, visitou Medjugorje quatro vezes.  Sua primeira visita foi em 1986.  Ele escreve: “Em 1988 eu estive com oito bispos e trinta e três sacerdotes em um retiro espiritual no Vaticano.  O Santo Padre sabia que muitos de nós estávamos indo para Medjugorje, depois dali.  Depois de uma missa particular com o Papa, antes de sair de Roma, ele disse, sem que ninguém tivesse perguntado nada a ele, “Rezem por mim em Medjugorje”.  Em outra ocasião, eu disse ao Papa “Estou indo a Medjugorje pela quarta vez”.  Ele concentrou-se em seus pensamentos e disse “Medjugorje, Medjugorje é o coração espiritual do mundo”.  Nesse mesmo dia eu falei com outros bispos brasileiros e com o Papa e, no almoço, eu perguntei a ele: “Sua Santidade, posso dizer aos videntes que o senhor lhes envia sua bênção?”  Ele respondeu: “Sim, sim”, e me abraçou.

3. A um grupo de médicos que trabalham com a defesa e proteção da vida de nascituros, o Papa disse, em 1º. de janeiro de 1989, “Sim, hoje o mundo perdeu o sentido do sobrenatural.  Em Medjugorje, muitos buscam e reencontram esse sentido na oração, no jejum e na confissão”.

4. Dia 11 de novembro de 1990, o semanário nacional coreano “Catholic News / Notícias Católicas” publicou um artigo do Monsenhor Angelo Kim, Presidente da Conferência de Bispos Coreanos. Antes do encerramento  do último Sínodo dos Bispos em Roma, os bispos coreanos foram convidados a um almoço com o Santo Padre.  Monsenhor Kim dirigiu-se  a ele: “Padre, graças ao senhor a Polônia conseguiu se livrar do comunismo”.  João Paulo II respondeu: “Não, isso não é mérito meu.  Foi um trabalho da Santa Virgem Maria, como Ela  predisse em Fátima e em Medjugorje”.
O arcebispo Kwangju disse ao Santo Padre: “na cidade de Nadju, na Coreia, Nossa Senhora está chorando...”  O Papa replicou: “... Há bispos, como, por exemplo, na antiga Iugoslávia, que são contra ... mas é importante termos consciência do grande número de pessoas que atendem ao chamado Dela, o grande número de conversões ... Tudo isso está enfatizado nos Evangelhos.  Todos esses fatos têm que ser examinados cuidadosamente.”
O jornal  fez a seguinte declaração: “Isso não tem a ver com a decisão da Igreja.  É um comentário feito por nosso Santo Padre.  Pode-se dizer, sem exagero, que não se deve subestimar isso ...”
(Copiado de “L’Homme Nouveau” 3 de fevereiro de 1991)
(Nasa Ognjista, XXI, Tomislavgrad, 1991, p. 11).

5. O arcebispo Kwangju disse ao Santo Padre: “na Coreia, na cidade de Nadju, Nossa Senhora  chora...”  O Papa replicou: “... Há bispos, como, por exemplo, na Iugoslávia, que são contra ... mas é importante termos consciência do grande número de pessoas que atendem aos convites Dela, o grande número de conversões ... tudo isso está enfatizado nos Evangelhos.  Todos esses fatos têm que ser examinados cuidadosamente.” (“L’Homme  Nouveau” 3 de fevereiro de 1991)

6.  O Papa disse a Frei Jozo Zovko, dia 20 de julho de 1992: “Ocupe-se com Medjugorje, cuide de Medjugorje, não se canse.  Persevere, seja forte, eu estou a seu lado.  Vigie, siga Medjugorje.”

7. O Arcebispo do Paraguai, Monsenhor Felipe Santiago Bentez, em novembro de 1994, perguntou ao Papa se ele estava certo em aprovar reunião de fiéis com o espírito de Medjugorje, especialmente com os padres de Medjugorje.  O Santo Padre respondeu: “Aprove tudo o que se relaciona com Medjugorje”.

8. Na parte não oficial da reunião do Papa João Paulo II com a Delegação da Igreja e Estado Croata, em Roma, no dia 4 de abril de 1995, o Santo Padre, entre outras coisas, disse que havia alguma possibilidade de se renovar sua visita à Croácia.  Mencionou  a possibilidade de chegar em Split e de  lá ir ao Santuário de “Marija Bistrica” e Medjugorje (“Slobodna Dalmacija, 8 de abril de 1995, página 3).


O QUE NOSSA SENHORA DISSE SOBRE O PAPA JOÃO PAULO II

1.  De acordo com o testemunho dos videntes, dia 13 de maio de 1982, na ocasião da tentativa de assassinato do Papa, Nossa Senhora disse “Os inimigos dele tentaram matá-lo, mas eu o protegi.”

2.  Por meio dos videntes, no dia 26 de junho de 1982,  Nossa Senhora envia sua mensagem ao Papa: “Que ele seja considerado o pai de todos os povos e não somente de cristãos, que ele, incansável e corajosamente, anuncie a mensagem de Paz e Amor entre os homens.”

3. Por meio de Jelena Vasilj, em  locução interior, dia 16 de setembro 1982,  Nossa Senhora pronunciou-se sobre o Papa: “Deus deu a ele permissão para derrotar Satanás.”
Ela pede a todos e em especial ao Papa: “divulguem as mensagens que eu recebi de meu Filho.  Eu quero confiar ao Papa a palavra com a qual eu vim aqui a Medjugorje: Paz, ele a deve espalhar por todas as partes do mundo ... ele deve unir os cristãos por meio de sua palavra e sua pregação.  Que ele vá principalmente aos jovens divulgar as mensagens que ele recebeu do Pai, em oração.  Deus o inspira assim.
Considerando-se as dificuldades da paróquia, quanto ao bispo e à comissão de investigação dos eventos na paróquia de Medjugorje, Nossa Senhora disse: “A autoridade da Igreja deve ser obedecida, entretanto, antes de se pronunciar, é necessário progredir espiritualmente.  Não deve apresentar um julgamento apressado.  Ocorre como em um nascimento que é seguido pelo Batismo e pela Crisma.  A Igreja irá confirmar o que nasce de Deus.  Devemos ir adiante e progredir na vida espiritual, impelidos por essa mensagem.”

4.  Na ocasião da visita do Papa à Croácia, Nossa Senhora disse:
“Queridos filhos, Hoje estou unida a vocês de uma maneira muito especial, rezando pelo dom que é a presença de meu filho amado à pátria de vocês.  Rezem, filhinhos,  pela saúde de meu filho amado, que está sofrendo e a quem eu escolhi para estes tempos.    Eu rezo e intercedo perante meu Filho, Jesus, de modo que o sonho de seus pais possa ser realizado.  Rezem, filhinhos, de modo muito especial, porque Satanás é forte e quer destruir a esperança no coração de vocês.  Eu os abençoo.  Obrigada por terem atendido a meu apelo.”(25.8.1994).

Rosário

Rosário




Atendam o pedido feito pela Mãe de Deus:
Rezem o terço todos os dias, para alcançar a paz.



Sinal da cruz:
Pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos Deus, Nosso Senhor,
dos nossos inimigos.
Em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo. Amém.


Invocação ao Espírito Santo:
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis
e acendei neles o fogo do vosso amor.
Enviai o vosso Espírito e tudo será criado,
e renovareis a face da terra.
Oremos: Ó Deus, que iluminais os corações dos vossos fiéis
com as luzes do Espírito Santo,
concedei-nos que no mesmo Espírito saibamos o que é reto
e gozemos sempre de suas consolações.
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
na unidade com o Espírito Santo, Amém.


Oferecimento do Terço:
Divino Jesus, nós vos oferecemos este terço que vamos rezar,
meditando nos mistérios da Vossa redenção.
Concedei-nos, por intercessão da Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe,
as virtudes que nos são necessáras para bem rezá-lo
e a graça de ganharmos as indulgências desta santa devoção.

Creio em Deus:
Ceio em Deus Pai todo-poderoso,
criador do céu e da terra;
e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor;
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;
nasceu da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado.
Desceu à mansão dos mortos;
ressuscitou ao terceiro dia;
subiu aos céus, está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
donde há de vir a julgar os vivos e os mortos;
creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica,
na comunhão dos Santos, na remissão dos pecados,
na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.

Pai-Nosso:
Pai-Nosso que estais nos céus, santificado seja vosso nome,
venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade
assim na terra como no céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje,
perdoai-nos as nossas ofensas
assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido,
e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

Ave Maria (3 vezes)
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco,
bendita sois vós entre as mulheres,
e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores,
agora e na hora da nossa morte. Amém.

Glória ao Pai
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre,
por todos os séculos dos séculos. Amém

Jaculatória
Óh! meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno.
Levai as almas todas para o céu
e socorrei principalmente as que mais precisarem.



MISTÉRIOS G0Z0S0S - (Natalidade e crescimento de Jesus)
(segundas-feiras e sábados)

1º MISTÉRIO: ANUNCIAÇÃO DO ANJO GABRIEL À VIRGEM MARIA (Lc 1, 26 A 38)
Pai Nosso
Ave Maria (10 vezes)
Glória
Ó meu Jesus...
Nossa Senhora Rainha da Paz, rogai por nós

2º MISTÉRIO: MARIA VISITA SUA PRIMA IZABEL, GRÁVIDA DE JOÃO BATISTA (Lc 1, 39-56)

Pai Nosso
Ave Maria (10 vezes)
Glória
Ó meu Jesus...
Nossa Senhora Rainha da Paz, rogai por nós

3º MISTÉRIO: NASCIMENTO DE JESUS NA GRUTA, EM BELÉM  (Lc 2, 1-20)
Pai Nosso
Ave Maria (10 vezes)
Glória
Ó meu Jesus...
Nossa Senhora Rainha da Paz, rogai por nós

4º MISTÉRIO: APRESENTAÇÃO DE JESUS NO TEMPLO (Lc 2, 22-38)

Pai Nosso
Ave Maria (10 vezes)
Glória
Ó meu Jesus...
Nossa Senhora Rainha da Paz, rogai por nós

5º MISTÉRIO: A PERDA E O REENCONTRO DE JESUS EM JERUSALÉM
                         ENTRE OS DOUTORES DA LEI
(Lc 2, 41-50)
Pai Nosso
Ave Maria (10 vezes)
Glória
Ó meu Jesus...
Nossa Senhora Rainha da Paz, rogai por nós


MISTÉRIOS DA LUZ - (A humildade, os milagres e o eterno Amor)
(quintas-feiras)

1º MISTÉRIO: O BATISMO DE JESUS NO RIO JORDÃO POR JOÃO BATISTA (Mc 1, 9-11)

2º MISTÉRIO: JESUS TRANSFORMA A ÁGUA EM VINHO NAS BODAS DE CANÁ
                         ATENDENDO PEDIDO DE NOSSA SENHORA (Jo 2, 1-12)

3º MISTÉRIO: O ANÚNCIO DO REINO DE DEUS E O CONVITE À CONVERSÃO (Mc 1, 15)

4º MISTÉRIO: A TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS NO MONTE TABOR (Mt 17, 1-13)

5º MISTÉRIO: A INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA (Mc 14, 22-25)


MISTÉRIOS DOLOROSOS - (Agonia, sofrimento e morte de Jesus)
(terças e sextas-feiras)

1º MISTÉRIO: A AGONIA DE JESUS NO HORTO DA OLIVEIRAS (Lc 22, 39-46)

2º MISTÉRIO: A FLAGELAÇÃO DE JESUS ATADO A UMA COLUNA (Mc 15, 1-15)

3º MISTÉRIO: A COROAÇÃO DE ESPINHOS EM JESUS (Mt 27, 29-30)

4º MISTÉRIO: JESUS CARREGA  A CRUZ  ATÉ O CALVÁRIO (Lc 23, 26-32)

5º MISTÉRIO: CRUCIFICAÇÃO  E  MORTE DE JESUS (Mc 15, 34-39)


MISTÉRIOS GLORIOSOS - (Vitória, Salvação)
(domingos e quartas-feiras)

1º MISTÉRIO: A RESSURREIÇÃO DE JESUS (Mt 28, 1-15)

2º MISTÉRIO: A ASCENÇÃO GLORIOSA DE JESUS CRISTO AO CÉU (Lc 24, 50-53)

3º MISTÉRIO: A DESCIDA DO ESPÍRITO SANTO SOBRE OS APÓSTOLOS (At 2, 1-13)

4º MISTÉRIO: A ASSUNÇÃO DE MARIA AO CÉU (Ap 12, 1-18)

5º MISTÉRIO: A COROAÇÃO DE MARIA COMO RAINHA DO CÉU E DA TERRA (Lc1, 48-50)


Orações Finais:

Agradecimento do Terço
Infinitas graças vos damos, Soberana Rainha,
pelos benefícios que todos os dias recebemos de vossas mãos liberais.
Dignai-vos agora e para sempre
tomar-nos debaixo de vosso poderoso amparo
e para mais nos obrigar vos saudamos com uma Salve Rainha...

Salve Rainha
Salve, Rainha, Mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa, salve!
A vós bradamos os degredados filhos de Eva.
A vós suspiramos, gemendo e chorando neste vale de lágrimas.
Eia, pois, advogada nossa, esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei,
e depois deste desterro mostrai-nos Jesus, bendito fruto do vosso ventre,
ó clemente, ó piedosa, ó doce e sempre Virgem Maria.
Rogai por nós, Santa Mãe de Deus.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém

Oração à Nossa Senhora da Paz

Oração à Nossa Senhora da Paz

Ó Maria, Auxílio dos Cristãos,
recorremos a Vós em nossas necessidades
com olhos de amor, mãos livres
e corações ardentes,
Recorremos a Vós
para podermos ver o vosso Filho, nosso Senhor.
Levantamos as mãos para ter o Pão da Vida.
Abrimos de par em par os corações
para receber o Príncipe da Paz.
Mãe da Igreja, os vossos filhos e filhas
agradecem a vossa palavra de confiança
que ressoa ao longo dos séculos,
brotando duma alma vazia
que se viu cumulada de graça,
preparada por Deus para acolher a Palavra
oferecida ao mundo
para que o próprio mundo pudesse renascer.
Em Vós, amanheceu o Reino de Deus,
um reino de graça e paz, de amor e justiça,
que se levanta
das profundezas da Palavra feita carne.
A Igreja por todo o mundo une-se convosco
para louvar Aquele
cuja misericórdia se estende de geração em geração.
Ó Stella Maris,
luz do oceano e Senhora dos abismos,
guiai os povos da Oceânia
através de todo o mar tenebroso e revolto,
para que possam chegar ao porto da paz e da luz
preparado n'Aquele que acalmou as águas.
Protegei os vossos filhos de todo o mal,
porque as ondas são altas e estamos longe de casa.
À medida que nos aventuramos
pelos oceanos do mundo,
e atravessamos os desertos do nosso tempo,
mostrai-nos, ó Maria, o fruto do vosso ventre,
porque, sem o vosso Filho, estamos perdidos.
Pedi que nunca desfaleçamos na viagem da vida,
que, com o coração e a mente,
por palavras e obras,
nos dias de tempestade e nos de bonança,
sempre possamos olhar para Cristo e dizer:
« Quem é Este,
a quem até o vento e o mar obedecem? »
Nossa Senhora da Paz,
em quem toda a tempestade se acalma,
pedi, ao início do novo milénio,
que a Igreja na Oceânia
não cesse de mostrar a todos
o rosto glorioso do vosso Filho,
cheio de graça e verdade,
para que Deus reine
nos corações dos povos do Pacífico
e estes encontrem paz no Salvador do mundo.
Intercedei pela Igreja na Oceânia
para que tenha a força
de seguir fielmente o caminho de Jesus Cristo,
de proclamar corajosamente
a verdade de Jesus Cristo,
de viver jubilosamente a vida de Jesus Cristo.
Auxílio dos Cristãos, protegei-nos!
Luminosa Estrela do Mar, guiai-nos!
Nossa Senhora da Paz, rogai por nós!

Dado em Roma, junto de S. Pedro, no dia 22 de Novembro do ano 2001, vigésimo quarto de Pontificado.
 JOANNES PAULUS PP. II

Revelações Privadas e Medjugorje

Revelações Privadas e Medjugorje

Frei Ljudevit Rupcic, OFM, 1995
 
 
O termo revelações “privadas” já há muito tempo tornou-se habitual em teologia. Em oposição a ela existe a revelação pública. Entretanto, a revelação pública seria aquela dada por meio da Bíblia e a privada é dada fora da Bíblia. Assim, seria mais justificável falar-se de revelação bíblica e extrabíblica. Atribuir uma maior honra e significado para revelação bíblica do que à outra não tem nenhuma razão real. Porque se elas são verdadeiras, se ambas vem de Deus de acordo com sua origem, são simultaneamente divinas e igualmente valiosas. Tanto uma quanto a outra, Deus oferece as pessoas e quer que ambas sejam aceitas por elas. Caso contrário, não haveria razão para que Ele de fato falasse. Caso possa haver alguma diferença justificável entre elas, nunca pode ser no sentido de que uma é obrigatória e a outra não é. Ambas são obrigatórias.  Para cada um que foi alcançado por ela e que tenham adquirido razão suficiente e segurança moral quanto a sua autenticidade, tanto uma quanto outra se entrelaça igualmente. 
 
A revelação contida na Bíblia é chamada de “cânon”, ou seja, a regra de fé. A autenticidade de todas as outras revelações é de alguma forma medida de acordo com isso. Em primeiro lugar, tudo o que pode ser contrário à revelação seria incorreto ou falso. Assim, a revelação bíblica fornece a garantia de segurança, e de uma forma negativa, a revelação ao contrário é falsa. Além disso, a autenticidade da revelação bíblica é garantida pelo Magistério da Igreja, à qual o Espírito Santo é dado por Cristo a fim de preservar essa revelação fielmente e interpretá-la infalivelmente.  Para a revelação extrabíblica, o magistério não tem essa autoridade diretamente, apenas indiretamente. Isso significa que, se fica estabelecido que uma revelação extrabíblica é contrária à bíblica, é certo que não é autenticamente divina.  Porque, "pois mesmo se nós mesmos ou um anjo do céu vos anunciar um evangelho não de acordo com o que ensinamos a vocês, que a maldição esteja com ele!" (Gl 1:8). Por outro lado, se o Magistério da Igreja, de qualquer forma ainda afirmar uma revelação extrabíblica, não somos obrigados apenas por isso aceitá-la como autêntica. Se a pessoa tem suas próprias razões, ela deve aceitá-la com fé divina. Mas se alguém não tem suas próprias razões, ele pode rejeitá-la ou duvidar. Nesse caso, uma pessoa não é obrigada pela fé católica.
 
A história da Igreja testemunha que sempre existiram revelações extrabíblicas. De acordo com a sua estrutura e forma, elas são iguais à revelação bíblica e são regularmente relacionadas com aparições ou visões.Normalmente era Jesus, anjos e santos aparecendo. Mas nos últimos tempos, é mais frequentemente a Bem Aventurada Virgem Maria.
 
Locuções (audições) também estão ligadas a visões. As aparições mais recentes de Nossa Senhora em La Salette, Lourdes, Fátima e Medjugorje confirmam isso. Os videntes, além de ver Nossa Senhora, também ouvem suas mensagens, que normalmente chamam à conversão, oração, especialmente o rosário e à penitência. Assim elas se direcionam mais à renovação e florescimento da vida da Igreja, ao invés de oferecer alguma nova verdade de fé.
 
Ninguém pode fechar a boca de Deus. Ele não terminou seu diálogo nem sua revelação ao povo. Isto ocorre continuamente na Igreja e no mundo de diferentes maneiras.  O falar de Deus, num sentido mais amplo, assume a forma de visão ou, pelo menos, ninguém pode contestar isso.  Portanto, revelações extrabíblicas são não só possíveis, mas reais.  O Espírito de Deus que Cristo enviou para a Igreja recorda à mesma constantemente  as palavras de Jesus e leva-as à toda a verdade (João 16:13). Ele não faz isso apenas por meio da hierarquia, mas também através dos carismas e seus portadores, porque a Igreja não é apenas hierárquica mas também carismática.   É por isso que o Espírito Santo não está atado à hierarquia, mas vice-versa. Ele é livre e sopra onde quer.  Ele oferece incentivos para a Igreja e conduz a Igreja também através dos membros carismáticos.  Nem a hierarquia nem os carismáticos podem usurpar para si o direito exclusivo de falar e agir em nome do Espírito Santo. Seus ministérios são originários do mesmo Espírito e deve estar em harmonia.  Portanto, nem hierarquia, nem a Igreja devem se autossatisfazer  e serem indiferentes em relação a visões, aparições e revelações. A hierarquia deve,  não só não rejeitá-las, nem meramente tolerá-las, mas ambos devem aceitar e promovê-las. Caso contrário, seria rejeitar o próprio Espírito.
 
 As visões e revelações pertencem ao carisma profético de que a Igreja não pode prescindir  e ,  não porque alguma nova doutrina ou verdade seria necessária após a revelação bíblica, mas porque uma nova luz é necessária, uma melhor compreensão da mesma doutrina ou verdade e, especialmente, porque são necessários  uma nova direção e impulso para a atividade humana.
 
Uma postura crítica em relação a revelações extrabíblicas tem sido expressa de forma mais ou menos acentuada ao longo de toda a história.  Com o início dos tempos modernos, iniciaram-se maiores e mais numerosos debates  sobre elas. Segundo eles, o melhor sinal de autenticidade de uma revelação extrabíblica e a visão é sua consonância com a revelação bíblica. Se isso é afirmado, o conteúdo da revelação extrabíblica, que ultrapassa as capacidades dos videntes, falar muito a seu favor.  Nisto, a saúde mental e física do indivíduo desempenha um papel importante. A santidade pessoal e o estado de graça contribuem para a sua autenticidade, embora  não sejam indispensáveis.  Por  princípio, até mesmo grandes defeitos morais não são um obstáculo para a autenticidade da revelação.  O heroísmo moral do indivíduo que recebe a  visão contribui positivamente para a autenticidade da verdade. Nisto, as circunstâncias presentes também significam alguma coisa, embora os erros que possam acompanhar não sejam necessariamente considerados  um critério negativo.  Estes critérios internos são acompanhados pelos externos: milagre e aprovação da Igreja.  O envolvimento em alguma situação controversa e questão política  aponta contra a autenticidade da visão porque visões prestam serviço ao reino de Deus e não à curiosidade e a algum propósito inteiramente mundano.
 
As revelações extrabíblicas, em geral, não trazem quaisquer novas verdades, mas talvez apenas um reconhecimento melhor das verdades reveladas na Bíblia e mais  afirmativamente a exigência de uma aplicação mais eficaz e urgente da revelação bíblica em uma determinada posição da Igreja ou de grupos individuais dentro dela.  Em geral, elas pretendem inspirar as pessoas à fé e à conversão e, portanto, para trazê-las à salvação. Elas são, na verdade,  mais pedidos e incentivos do que afirmações.  Sua finalidade é direcionar o comportamento das pessoas para Deus. Nesse sentido, São Tomás de Aquino diz: "Quando não mais houver revelações , as pessoas estarão sem orientação" (Summa II-II. Q 174 a.6).  Esta é a razão pela qual sempre houve profetas na Igreja que não proclamaram uma doutrina nova, mas deram sentido à atividade humana.  O mesmo Santo Tomás de Aquino sublinha, "A revelação é dada para o benefício da Igreja" (Summa II-II. Q 172 a.4).  Ela conclama a uma vida cristã mais autêntica e aponta para a necessidade e os meios que são uma prioridade mais elevada.  É a resposta do céu à questões particulares dos tempos e, assim, ajuda mais do que qualquer esforço intelectual e teológico.
Já que revelações extrabíblicas são extraordinárias e bem visíveis, elas costumam chamar mais atenção do que a proclamação comum das verdades bíblicas e diretrizes da Igreja e atuam como "terapia de choque".  É bem sabido que as aparições em Lourdes, Fátima e Medjugorje intensificaram a  devoção e têm despertado a vida espiritual em todo o mundo.  Elas contribuíram muito para a renovação da confissão e reverência pela Eucaristia.
 
Uma ênfase muito grande  na revelação extrabíblica no lugar do evangelho não seria saudável ou normal.  A revelação bíblica tem preferência, mas a extrabíblica não deve ser rejeitada simplesmente porque ela também vem de Deus e porque com ela Deus quer dizer algo para o homem.  É por isso que em ambos os casos, a palavra de Deus é obrigatória.
 
 

AS APARIÇÕES E VISÕES DE MEDJUGORJE 

 
Desde 24 de junho de 1981 até hoje, seis videntes em Medjugorje, Ivanka Ivankovic-Elez, Mirjana Dragicevic-Soldo, Vicka Ivankovic, Marija Pavlovic-Lunetti, Ivan Dragicevic e Jakov Colo, unanimemente afirmam que Nossa Senhora está aparecendo a eles. Todos eles ainda a veem  todos os dias, exceto Ivanka e Mirjana, que a veem uma vez por ano, Ivanka no aniversário das aparições e Mirjana em seu aniversário.   Já desde o início das aparições, foi tentado de diversas formas se obter a aprovação da autenticidade dessas aparições e visões.  Além da reivindicação persistente dos videntes, foi tentado, de uma forma mais ou menos científica e teológica,  se chegar a provas objetivas da autenticidade das aparições.   Desde os primeiros dias, o regime comunista da época, que por motivos ideológicos e ateístas se opunha à  divulgação da aparição de Nossa Senhora, tentou em primeiro lugar através de médicos em Citluk e Mostar provar que a conversa sobre as aparições era um truque comum infantil e um relato de crianças doentes. Quando os médicos estabeleceram que as crianças eram completamente saudáveis, os comunistas montaram  uma comissão de doze médicos e psiquiatras, que eles simplesmente exigiram que declarassem  as crianças serem doentes mentais.  É significativo que, apesar da pressão, os membros da Comissão não o fizeram  porque era óbvio que as crianças eram saudáveis.
 
Depois disso, inúmeras outras comissões não oficiais e oficiais seguiram-se.   Elas tentavam chegar à verdade da aparição com uma maior transparência.  Uma exceção a isso foram as duas comissões estabelecidas pelo Bispo local, Pavao Zanic. Ele não pediu essas comissões para estudar os fenômenos de Medjugorje, mas para confirmar a sua opinião negativa que, levando em consideração as aparições em si, não tinha  qualquer fundamento.  A fim de garantir  "o resultado" da investigação, nomeou-se presidente da comissão, e exigiu que ela pensasse e falasse  o que ele, sem qualquer base na verdade, pensava e falava.  Os outros, ao contrário do Bispo Zanic e suas comissões, habilmente examinaram os videntes e os fatos em Medjugorje. Uma vez que a Congregação para a Doutrina da Fé, chefiada pelo cardeal Joseph Ratzinger, rejeitou os "resultados" das comissões do Bispo Zanic como incompetente e sem fundamento, ele ordenou a Conferência dos Bispos Iugoslavos  que  estabelecessem sua própria comissão para cuidar com mais seriedade  das aparições de Medjugorje. Embora mesmo tal comissão  não  tenha investigado essas aparições mais a sério, no entanto, comportavam-se  de forma mais responsável.  Pelo menos,  não afirmou que as aparições são falsas, mas encontrou uma solução salomônica e declarou que ainda não tinha chegado a provas reais da sobrenaturalidade das aparições.  Essa posição também foi aceita pela Conferência dos Bispos Iugoslavos.  Devido à convicção cada vez mais generalizada de que as aparições são autênticas e, especialmente, por causa dos dons espirituais excepcionais para o mundo inteiro em relação às aparições, foi, no entanto, obrigada a aceitar Medjugorje como um santuário e assumir-se um maior cuidado para o desenvolvimento correto da devoção e da provisão adequada para as necessidades espirituais de peregrinos em Medjugorje.
 
No entanto, as aparições de Medjugorje foram examinados de um modo mais competente e mais habilmente pela comissão científica teológica internacional franco italiana  "sobre os acontecimentos extraordinários que estão ocorrendo em Medjugorje". O conjunto de dezessete renomados cientistas naturais, médicos, psiquiatras e teólogos em suas pesquisas chegou a uma conclusão de 12 pontos em 14 de janeiro de 1986 em Paina, próximo a Milão.
1. Com base nos testes psicológicos, para todos e cada um dos videntes é possível com certeza a excluir a fraude e engano.
2. Com base nos exames médicos, testes e  observações clínicas, etc  para todos e cada um dos videntes é possível excluir alucinações patológicas.
3. Com base nos resultados de estudos anteriores para todos e cada um dos videntes é possível excluir uma interpretação puramente natural destas manifestações.
4. Com base de informações e observações  que podem ser documentadas, para todos e cada um dos videntes é possível excluir que estas são manifestações da ordem preternatural ou seja  sob a influência demoníaca.
5. Com base em informações e observações que podem ser documentadas,  há uma correspondência entre essas manifestações e aqueles que são geralmente descritas na teologia mística.
6. Com base em informações e observações que podem ser documentadas, é possível falar de avanços espirituais e  avanços nas virtudes teologais e morais dos videntes, a partir do início destas manifestações até hoje.
7. Com base em informações e observações que podem ser documentadas, é possível excluir que o  ensino ou o comportamento dos videntes  estariam em clara contradição com a fé e a  moral cristãs.
8. Com base em  informações ou observações que podem ser documentadas, é possível falar de bons frutos espirituais em pessoas atraídas para a atividade sobrenatural destas manifestações e em pessoas favoráveis à elas.
9. Depois de mais de quatro anos, as tendências e movimentos diferentes que foram gerados através de Medjugorje, em consequência destas manifestações, influenciam o povo de Deus na Igreja em completa harmonia com a doutrina e moral cristãs.
10. Depois de mais de quatro anos, é possível falar de frutos espirituais permanentes e objetivos dos movimentos gerados através de Medjugorje.
11. É possível afirmar que todas as iniciativas boas e espirituais da Igreja, que estão em completa harmonia com o magistério autêntico da Igreja, encontram apoio nos eventos em Medjugorje.
12. Assim, pode-se concluir que, após um exame mais profundo dos protagonistas, fatos e seus efeitos, não só no âmbito local, mas também em relação às cordas sensíveis da Igreja em geral, é bom para a Igreja reconhecer a origem sobrenatural e, portanto, o propósito dos acontecimentos em Medjugorje.
 
Até agora esta é a mais consciente e mais completa pesquisa dos fenômenos de Medjugorje, e, por isso mesmo, é o mais positivo que foi dito sobre eles  em um nível científico teológico.
 

Além deste, um trabalho muito sério de análise dos videntes também foi realizado por uma equipe francesa de especialistas liderados pelo Sr. Henri Joyeux.  Empregando os mais modernos equipamentos e peritos, ele examinou as reações internas dos videntes antes, durante e depois das aparições.  Da mesma forma, a sincronização de suas reações  oculares, auditivas, cardíacas e  cerebrais.  Os resultados dessa comissão foram muito significativos. Eles mostraram que o objeto de observação é externo aos videntes, e que qualquer manipulação externa ou de comum acordo entre os visionários está excluída.  Os resultados individuais com eletroencéfalogramas e outras reações estão compilados  e elaborados em um livro especial (H. Joyeux - R. Laurentin, Etudes  Médicales et Scientifiques sur les Apparitions de Medjugorje, Paris 1986).
 
Os resultados da última comissão mencionada confirmaram as conclusões da comissão internacional e, por sua vez, provaram que as aparições, as quais os videntes testemunham, são um fenômeno que ultrapassa a ciência moderna e que aponta em direção a outro nível de acontecimento.
 
Em relação à análise científica das aparições de Medjugorje, é importante ter em mente que em toda a história das aparições nem uma única jamais foi tão ampla e rigorosamente examinada cientificamente como as de Medjugorje.  Quando os exames em Lourdes e Fátima são comparados com aqueles em Medjugorje, então não há quase nenhuma semelhança alguma entre eles. Nunca foram os outros videntes tão rigorosamente examinados  nem era possível examiná-los com tanta certeza e sucesso, devido ao nível inferior da ciência e da insuficiência de meios técnicos naquelas épocas.  Além disso, é também muito importante mencionar que houve apenas uma vidente em Lourdes, Bernadette Soubirous;  havia três videntes de Fátima, e seis em Medjugorje. A manipulação é mais fácil com um vidente do que com vários. Da mesma forma, uma confirmação grupo é mais valioso do que um indivíduo.  Foi dito sobre Bernadete  que ela era psiquicamente de saúde delicada. No caso dos videntes em Medjugorje  sua saúde foi estabelecida.  Quando  se acrescentam as qualidades morais positivas, a uniformidade dos depoimentos, não resta dúvida alguma de que as aparições, as  quais  os videntes em Medjugorje testemunham,  são de fato sobrenaturais e dignas de confiança.
 
O conteúdo das mensagens de Medjugorje também confirma isso. Além das cinco principais mensagens em que os videntes concordam, todos os meses, principalmente através de Marija Pavlovic, Nossa Senhora vem dando mensagens especiais destinadas a todo o mundo. Apesar de que, em  volume chegam ao ponto de ser uma biblioteca, ainda, apesar disso, nada pode ser encontrado nelas que, no mínimo sejam contrárias à doutrina e fé cristãs.  Pelo contrário, juntamente com as mensagens principais, compõem um tesouro verdadeiro da teologia prática e conveniente em um nível, que nem mesmo 80% de sacerdotes de hoje alcançaria.  É, portanto, mais significativo  pois  a vidente Marija, bem como os outros videntes, é uma fiel que não tinha conseguido sequer atender instrução regular no catecismo, e muito menos adquirir um ensino prático-teológico.  As falsas acusações do Bispo e alguns outros adversários de Medjugorje de que os frades escreviam as mensagens , também fala a favor do conteúdo extraordinário das mensagens. Indiretamente eles, assim, confirmam o seu caráter extraordinário.
 
 
MILAGRES
 
Desde o início, as aparições de Medjugorje foram acompanhados por muitos fenômenos incomuns, tanto no céu e na terra, especialmente por curas milagrosas.  Eu mesmo, com cerca de mil peregrinos, vi  uma dança inusitada do sol. Tal  manifestação era tão incomum e óbvia, que todos, sem exceção classificaram como um milagre. Nenhum dos presentes ficou indiferente, e eu próprio fiquei convencido disto ao questionar os outros que estavam presentes. A alegria, as lágrimas, e as declarações dos presentes fortemente confirmaram isto.  De suas palavras, podia-se ver que eles entendiam a manifestação como uma confirmação da autenticidade das aparições, e como um incentivo para responder às mensagens de Medjugorje  aceitando-as.  E esse é o verdadeiro propósito dos milagres:  ajudar as pessoas a acreditar e viver pela fé, porque eles estão a serviço da fé e da salvação das pessoas.
 
Quanto aos fenômenos luminosos em Medjugorje, um professor empregado em Viena, especialista nesse campo, admitiu para mim que ele os estudou em Medjugorje por uma semana.  No final, ele me disse: "A ciência não tem resposta para essas manifestações."  Embora o julgamento sobre os milagres não pertença  a qualquer ciência natural nem à ciência em geral, mas à  teologia e a fé, no entanto, o julgamento da ciência é muito importante, porque onde ela falha, a fé assume. É muito significativo que muitos eventos foram compreendidos pelos fiéis como um milagre real. Eles compreenderam o seu significado e, sejam vivenciados por eles, por si ou através de outras pessoas, eles se sentiram obrigados a aceitar as mensagens de Medjugorje como uma obrigação.  É difícil dizer com precisão quantos desses eventos milagrosos ocorreram em relação às aparições de Medjugorje. No entanto, é bem sabido que várias centenas deles têm sido relatados e atestados. Vários deles foram exaustivamente analisados e cientificamente e teologicamente elaborados  e não há nenhuma razão séria alguma para duvidar de seu caráter sobrenatural. Basta mencionar apenas alguns deles.
 
Sra. Diana Basile, nascida a  05 de outubro de 1940 em Platizza, Cosenza, Itália, sofreu de esclerose múltipla, uma doença incurável, de 1972 até 23 de maio de 1984. Apesar da ajuda especializada dos professores e médicos na clínica em Milão, ela foi ficando mais e mais doente.  Por seu próprio desejo, ela veio a Medjugorje e estava presente durante a aparição de Nossa Senhora em uma sala anexa à Igreja e foi curada de repente. Tudo isso aconteceu de forma tão rápida e completa que no dia seguinte a mesma mulher andou descalça 12 km do hotel em Ljubuski, onde passou a noite, até à colina da aparição, a fim de agradecer a Nossa Senhora pela  cura. Desde então até hoje, ela está bem. Após seu retorno para Milão, os médicos ficaram atônitos com sua cura e imediatamente estabeleceu uma comissão médica, que deveria novamente completamente  examinar tanto a condição anterior quanto a atual da mulher curada.  Eles recolheram 143 documentos e, no final, 25 professores, doutores, e outros médicos, escreveram um livro especial sobre a doença e a cura no qual afirmaram que Diana Basile na verdade sofria de esclerose múltipla, que durante muitos anos ela foi em vão tratada, mas que agora ela está completamente bem e que isso não aconteceu por qualquer tipo de terapia, nem por qualquer tipo de medicamento. Eles, assim, indicaram que a causa da cura era de uma fonte diferente do que científica.
 
Outro milagre mais significativo aconteceu com Rita Klaus de Pittsburgh, Pensilvânia, EUA, uma professora e mãe de três filhos, nascida a  25 de janeiro de 1940, que há 26 anos sofria de esclerose múltipla. Ela também foi uma que nem médicos nem medicamentos foram capazes de ajudar. Lendo o livro sobre Medjugorje, “Está a Santíssima Virgem Aparecendo em Medjugorje?” por Laurentin-Rupcic, ela decidiu aceitar mensagens de Nossa Senhora. E uma vez  enquanto ela estava rezando o terço, dia 23 de maio de 1984, ela  sentiu dentro de si um calor incomum. Depois disso, ela se sentiu bem. E desde então até hoje a paciente está completamente bem e capaz de fazer todo o seu trabalho doméstico e escolar. Há uma sólida documentação médica sobre sua doença e seu tratamento fútil e também uma certificação profissional dos médicos sobre sua cura extraordinária e incompreensível, que é completa e permanente.
 
Há ainda outras curas relacionadas a Medjugorje, que ocorreram repentinamente e completamente. Eles são mais ou menos habilmente examinadas. Mas algumas deles não foram ainda analisadas. Não é de se  excluir que entre eles há alguns casos tão significativos quanto aqueles já analisados. Com milagres é fundamental que se originem de Deus e que eles sirvam à fé, mas não é importante  que sejam  "grandes".  É, antes, pessoas de boa vontade e abertas para a verdade que irão reconhecê-los, em vez de cientistas tendenciosos e críticos versáteis, porque muitas vezes  estes se fecham dentro dos limites em que um milagre  "não deve" e "não pode" acontecer.
 
 
O JULGAMENTO DA IGREJA SOBRE AS APARIÇÕES DE MEDJUGORJE
 
Uma vez que as aparições de Medjugorje, visões e mensagens pertencem à revelação extrabíblica, a competência da Igreja no julgamento de sua autenticidade é um pouco diferente do que na revelação bíblica. O magistério da Igreja tem uma garantia direta da infalibilidade apenas em relação à revelação bíblica, e apenas uma garantia indireta em relação à extrabíblica. Se, a saber, a última for contrária à Bíblia, certamente seria falsa.  Em outros casos, outros critérios permanecem, segundo os quais se pode chegar à confiabilidade de uma revelação sobrenatural.  Essas são basicamente  condições científicas. O que é falso de acordo com a razão também não pode  ser autêntico na revelação. No que diz respeito ao trabalho sério e especialista de cientistas individualmente, em primeiro lugar, da comissão internacional médico-teológica e de outros peritos e equipes científicas, tem sido claramente estabelecido que nas aparições de Medjugorje não há nada que seja contrário à ciência . Elas não são contrárias à razão, mas estão acima da razão. Da mesma forma, nem uma única comissão teológica encontrou nada nas aparições de Medjugorje que seria contrário à fé. Mesmo a última Comissão, estabelecida pela Conferência dos Bispos da Iugoslávia,  declarou apenas que ainda não chegou à provas necessárias da sobrenaturalidade das aparições de Medjugorje e que, portanto, continuará com uma investigação mais aprofundada.  Ficou  assim reconhecido, ao mesmo tempo, que não encontraram qualquer coisa que seja contrária à revelação bíblica e à fé. Quando Deus dá alguma revelação, seja bíblica ou extrabíblica, ele sempre permite que as pessoas a quem diz respeito sejam  capazes  de reconhecê-la e, pelo menos, ter a certeza moral de que esta revelação é autêntica.  É muito significativo que as pessoas simples facilmente reconheceram a revelação de Deus nos fenômenos de Medjugorje e que elas aceitaram isso, não apenas na teoria, mas também na vida prática. A palavra de Cristo prova ser verdade aqui, "Se não vos tornardes como criancinhas, não entrareis no reino de Deus" (Mt 18:3). Essa qualidade adequada a uma criança em primeiro lugar é a abertura à verdade. Por outro lado, também aqueles que se recusam a reconhecer a confiabilidade das provas de Medjugorje, sem querer as reconhecem.   Isto porque os resultados de sua posição e argumentos mostram que suas provas são de alguma outra área de interesse em vez de Medjugorje. Além disso, os adversários de Medjugorje são, a este respeito, um punhado pequeno, fácil de reconhecer, de pessoas. Seus argumentos consistem de enganos, mentiras e ignorância do que eles estão, no entanto, julgando.   Em contraste com eles há milhões de pessoas,  que tem consigo principalmente as provas da autenticidade das aparições de Medjugorje também em sua experiência pessoal de encontro com Deus, e por outro lado, na deficiência óbvia dos argumentos contra eles.  Aqui pode-se falar sobre o senso dos fieis  que é comumente o lugar da teologia  da revelação e da fé.  Os frutos espirituais evidentes e abundantes de fé, conversão, de oração e de renovação espiritual profunda em massa tem uma força especial comprovando a  favor das aparições de Medjugorje.    Mesmo os adversários de Medjugorje não podem ter isso em dúvida. Eles só atribuem  os frutos à fé, e não às aparições de Medjugorje.  Não há dúvida de que eles são frutos da fé. Mas por que esses frutos inusitados e por que eles estão ligados precisamente a Medjugorje? Por que não estão em outros lugares e santuários de peregrinação ordinárias ou nas catedrais?  Em questão  está precisamente que o extraordinário e a grande multiplicidade dos frutos da fé  devem ter sua própria razão.  Neste sentido, os adversários se comportam como os judeus que atribuíram a expulsão que  Jesus fez de um espírito maligno a Belzebu e não a Jesus. Quando não podiam negar o fato, porque era óbvio, negavam  sua verdadeira causa.
 
Em toda esta questão,  além do critério evangélico de que uma boa árvore é conhecida pelos seus bons frutos, a posição do Papa é decisiva. E é completamente clara. Ele expressou em várias ocasiões, quando, questionado por muitos bispos se eles poderiam ir em peregrinação a Medjugorje,  não só incentivou-os, mas também recomendou-se às suas orações em Medjugorje.  Por ocasião de sua visita ad limina, o presidente da Conferência Episcopal da Coréia do Sul, Dom Kim, saudou o Papa João Paulo II com as palavras: "Santo Padre, graças a você, a Polônia foi capaz de se libertar do comunismo". O Papa o corrigiu e disse: "Não, não é graças a mim, é o trabalho da Virgem como ela alega, em Fátima e Medjugorje"  (Catholic News,  semanário católico coreano de 11 de novembro de  1990). Tudo está contido nisto, o  que o Papa e a Igreja podem dizer a todos sobre as aparições de Medjugorje. Disto vem que Nossa Senhora está em Medjugorje, e que ela anunciou a destruição do comunismo.  Muito mais faltando em seriedade são todas as outras histórias, que, apenas por razões não religiosas, querem ocultar a verdade sobre Medjugorje e levar o mundo para longe de aceitar as  mensagens evangélicas de Nossa Senhora.
 
Frei Ljudevit Rupcic nasceu em 1920 em Hardomilije, Ljubuski. Em 1939 ingressou na Ordem Franciscana, na província de Herzegovina, e em 1946, ele foi ordenado sacerdote. Terminou seus estudos em Teologia no seminário da Universidade de Zagreb, onde concluiu o  doutorado em 1958 e recebeu o hábito. De 1958 até 1988, lecionou  Exegese do Novo Testamento sobre teologia franciscana em Sarajevo, e também no seminário Universidade de Zagreb. Sob o antigo regime comunista iugoslavo, serviu duas penas de prisão de 1945 a 1947 e novamente de 1952 a 1956. Por um período mais longo, (1968 até 1981) foi  membro da comissão teológica auxiliar das Conferências Episcopais da antiga Iugoslávia.  Ele realizou uma tradução do Novo Testamento a partir de suas origens para a  língua croata, e sua tradução teve contínua republicação.  Seus livros, estudos e artigos foram publicados em croata, inglês, alemão e italiano, e ele palestrou em diversas conferências e reuniões em toda a Europa e América.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Ano da Fé: por que os fiéis acreditam na Igreja?


Ano da Fé: por que os fiéis acreditam na Igreja?

"Ser una, santa, católica a apostólica, segundo explica o professor, é uma marca da Igreja para que ela não seja confundida com outra instituição".


Com quem os fiéis católicos aprendem sobre a doutrina de sua religião? A Igreja, em sua missão de continuar a transmitir o Evangelho a toda a criatura, é quem ensina os cristãos a viverem na fé. Instituição fundada pelo próprio Cristo, a Igreja tem, inclusive, seu próprio Catecismo, a fim de difundir o conhecimento sobre a fé católica.

Nesta última reportagem da série especial sobre a oração do Credo, na qual os fiéis também professam sua fé na Igreja, padre Antônio Justino Filho, o padre Toninho da Comunidade Canção Nova, afirmou que, resumidamente falando, Deus quer a Igreja para que ela seja sinal da Sua presença no mundo. Ele destacou que ela não é um fim, mas é um meio através do qual as pessoas se encontram com Deus.

E é também por esse seu aspecto que a Igreja é mais que uma instituição. “A Igreja tem a missão de dar continuidade à obra redentora do Nosso Senhor Jesus Cristo. Então desde o Papa até os fiéis cristãos, todos são chamados a serem essas verdadeiras testemunhas do Nosso Senhor Jesus Cristo onde se encontram”, disse o sacerdote.

Mas muitos ainda podem se perguntar porquê a Igreja, sendo mais que uma instituição, não é democrática. A autoridade máxima para os católicos na terra é o Papa, e este não é escolhido por voto popular, bem como acontece com a nomeação dos bispos, por exemplo.

Padre Toninho explicou que o Espírito Santo está presente na pessoa do Papa e o que o Papa diz é o próprio Jesus que está dizendo. “Por isso que aquilo que o Papa diz é para toda a Igreja. Se cada um fosse querer dar a sua opinião, a coisa não caminharia. Então o Papa tem essa missão de ser essa ponte, por isso é chamado Pontífice, entre a terra e o céu. E essa autoridade dada ao Papa é reconhecida por toda a Igreja”.

Igreja: una, santa, católica e apostólica

A crença dos católicos na Igreja se pauta basicamente pelo reconhecimento de quatro de seus aspectos: ela é una, santa, católica e apostólica. Autor de vários livros sobre a doutrina católica, o professor Felipe Aquino explicou que estes aspectos constituem a identidade da Igreja, para que ela não seja misturada com outra instituição que não é a Igreja do Senhor Jesus Cristo.

Ele fez uma associação com o documento de identidade de cada pessoa, que possui quatro características que não permitem confundi-la com ninguém: o nome, o número de RG, a foto e a assinatura.

“Una quer dizer que ela é unida, porque o Espírito Santo é que faz essa unidade do corpo místico. E ela é única. Jesus diz: sobre ti, Pedro, edificarei A minha Igreja e não AS, no plural”.

Quanto ao fato dela ser santa, o professor explicou que este é um dogma de fé. Na carta de São Paulo aos Efésios (Ef 5, 25), ele lembrou que São Paulo deixa claro que Cristo santificou a Igreja pelo seu sangue. “Então a Igreja é santa; os pecados não são da Igreja, são dos filhos da Igreja (...) a Igreja como instituição cuja alma é o Espírito Santo e cuja cabeça é Cristo não tem pecado”.

Além de una e santa, a Igreja é católica, que quer dizer universal, foi enviada para evangelizar o mundo inteiro. “Mas não é universal só em termos geográficos, é também em termos teológicos, doutrinários, o que quer dizer que ela detém a plenitude dos meios de salvação”.

Já o “apostólica”, segundo explicou o professor, faz referência aos apóstolos, que são as “colunas” da Igreja. “A lógica da salvação é essa: o Pai enviou o Filho, o Filho enviou a Igreja que é estruturada nos apóstolos”.

Como entender e aumentar a fé na Igreja?

Neste Ano da Fé, o Papa Bento XVI propõe uma redescoberta da fé, de forma que os fiéis saibam entender mais e melhor a fé que professam.

Padre Toninho lembrou que o Santo Padre pede o estudo da Palavra e também do Catecismo da Igreja Católica que, na visão dele, é o livro de cabeceira de cada cristão não somente neste Ano da Fé, mas ao longo de toda a vida cristã. Isso porque o catecismo contém a centralidade de tudo o que a Igreja ensina.

“Ninguém ama aquilo que não conhece, por isso que é preciso que os católicos se empenhem neste conhecimento. Então, ler, estudar, e não só isso, mas rezar com o Catecismo da Igreja Católica, porque as verdades de fé estão contidas todas nele”, concluiu. 

Fonte: Canção Nova Notícias

21/12/2012: e se o mundo acabar mesmo hoje?

21/12/2012: e se o mundo acabar mesmo hoje?

"Não precisamos nos preocupar com a morte e nem com a data da Vinda do Senhor. Estaremos esperando com alegria o Senhor que vem para nos dar a coroa da glória".


Há uma falsa profecia maia sobre o “fim do mundo” em 21/12/2012, o que gera um alarmismo danoso e um verdadeiro terrorismo espiritual para algumas pessoas. São “profecias” falsas, que tentam até misturar argumentos pseudocientíficos com superstições, Nova Era e ficção cientifica. Até mesmo o Terceiro Segredo de Fátima, que nada tem a ver com o fim do mundo, e que o Papa João Paulo II já revelou em 2000 em Fátima; é citado abusivamente. Os divulgadores desse fim do mundo para o dia 21/12/2012 usam "argumentos científicos", falam de Profecias que até a NASA já desmentiu. Ninguém sabe a época e a data do fim do mundo, ou melhor, da renovação do mundo. 

Jesus fala em fim do mundo como “renovação do mundo”: Mt 19,28 - “No dia da renovação do mundo, quando o Filho do homem estiver sentado no trono da glória...”

Com relação à data em que acontecerá a renovação do mundo e a inauguração definitiva do Reino de Deus, ninguém sabe e não deve especular a respeito. Muitos se enganaram sobre isto e levaram muitos outros ao engano e ao desespero. Até grandes santos da Igreja erraram neste ponto. Podemos citar alguns exemplos: S. Hipólito de Roma (†235); Santo Irineu (†202); Santo Ambrósio (†397) e S. Hilário de Poitres (†367). S. Gaudêncio de Bréscia (†405) - indicava o ano 7000 após a criação.

Por isso a Igreja é muito cautelosa nesse ponto, e sempre nos lembra:

At 1,7 - “Não toca a vós ter conhecimento dos tempos e momentos que o Pai fixou por sua própria autoridade”.

Mc 13,32 - “Quanto àquele dia e àquela hora, ninguém os conhece, nem mesmo os anjos do céu, nem mesmo o Filho, mas, sim, o Pai só”.

No Concílio Universal de Latrão V, em 1516, foi decretado:

“Mandamos a todos os que estão, ou futuramente estarão incumbidos da pregação, que de modo nenhum presumam afirmar ou apregoar determinada época para os males vindouros para a vinda do Anticristo ou para o dia do juízo. Com efeito a Verdade diz: “Não toca a vós ter conhecimento dos tempos e momentos que o Pai fixou por Sua própria autoridade. Consta que os que até hoje ousaram afirmar tais coisas mentiram, e, por causa deles, não pouco sofreu a autoridade daqueles que pregam com retidão. Ninguém ouse predizer o futuro apelando para a Sagrada Escritura, nem afirmar o que quer que seja, como se o tivesse recebido do Espírito Santo ou de revelação particular, nem ouse apoiar-se sobre conjecturas vãs ou despropositadas. Cada qual deve, segundo o preceito divino, pregar o Evangelho a toda a criatura, aprender a detestar o vício, recomendar e ensinar a prática das virtudes, a paz e a caridade mútuas, tão recomendadas por nosso Redentor”.

O que a Igreja sabe é o que está no Catecismo:

§670. ”Desde a Ascensão, o desígnio de Deus entrou em sua consumação. Já estamos na "última hora" (1Jo 2,18)". "Portanto, a era final do mundo já chegou para nós, e a renovação do mundo está irrevogavelmente realizada e, de certo modo, já está antecipada nesta terra”.

§673.“A partir da Ascensão, o advento de Cristo na glória é iminente, embora não nos "caiba conhecer os tempos e os momentos que o Pai fixou com sua própria autoridade" (At 1,7). Este acontecimento escatológico pode ocorrer a qualquer momento, ainda que estejam "retidos" tanto ele como a provação final que há de precedê-lo”.

Note que “esse acontecimento escatológico pode acontecer a qualquer momento”; então, devemos perguntar, estamos preparados para ele? Mesmo porque a nossa morte marcará o fim de nossa existência terrena e a definição de nossa sorte eterna. Como estamos preparados para a morte ou para a vinda do Senhor? Jesus disse que a sua vinda seria como a surpresa de um ladrão, quando menos esperamos. Quantos que você conheceu que já se foram! Jesus manda vigiar e orar sem cessar, como as virgens prudentes que carregaram óleo consigo e puderam acolher o noivo para as eternas núpcias. 

Precisamos estar preparados, de dia e de noite. O que é preciso para fechar uma porta? Apenas que ela esteja aberta. O que é preciso para morrer? Apenas estar vivo. Então, preparemos uma boa morte e o nosso destino eterno na comunhão de Deus, vivendo segundo os seus Mandamentos, rejeitando e renunciando a todo pecado; alimentando a alma com a oração, a Palavra de Deus, os Sacramentos e uma vida de caridade. 

Vivendo assim, não precisamos nos preocupar com a morte e nem com a data da Vinda do Senhor. Estaremos acordados, esperando com alegria o Senhor que vem para nos dar a coroa da glória.

Professor Felipe Aquino

diferença entre igreja e estado do vaticano

Entenda a diferença entre 'Igreja' e 'Estado do Vaticano'

"Através dos núncios, o Papa intervém na tutela dos direitos da Igreja, indicando os caminhos morais a seguir para o bem da pessoa humana, do ponto de vista cristão", explica padre Federico Lombardi.


O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, concedeu uma entrevista ao mensal italiano "Dom Orione Hoje", explicando o 'relacionamento' a Igreja universal e o Estado Vaticano. 

Padre Lombardi adianta que "a Igreja respeita completamente a autonomia do parlamento e os leigos cristãos oferecem sua contribuição política e civil de acordo com suas responsabilidades". "A Igreja se limita a fornecer indicações para que seus fiéis vivam tais responsabilidades de modo correto, sempre de acordo com a doutrina social da Igreja", frisou. 

"Às vezes, quando estão em questão valores importantes para a dignidade da pessoa, a justiça e a paz, a Igreja local, ou até o Papa, fazem avaliações ou expressam publicamente sua preocupação", completou.

Em relação ao exterior, o diretor da Sala de Imprensa afirma que a Santa Sé mantém embaixadores – núncios – junto a governos de todo o mundo. "Através deles, o Papa intervém na tutela dos direitos da Igreja, indicando os caminhos morais a seguir para o bem da pessoa humana, do ponto de vista cristão, no papel de 'autoridade moral internacional'". 

Sobre a diferença entre a Igreja 'comunidade de fiéis' e a Igreja 'Estado', padre Lombardi explica que "o essencial é entender que Jesus continua a existir no tempo graças à fundação da Igreja, ou seja, da comunidade que vive de fé, de esperança e de caridade, encontrando na figura de Cristo o caminho para encontrar o Senhor". "Tal comunidade – acrescenta – é liderada pelo Santo Padre, sucessor de Pedro, e pelos bispos, sucessores dos Apóstolos". 

"O que mais conta – conclui – é a 'comunidade da Igreja'. O fato que o Papa seja o chefe de um Estado certamente ajuda, mas poderia tranquilamente não o ser. A existência do Estado Pontifício não é uma condição 'sine qua non'". 

Fonte: Rádio Vaticano

Carta aberta ao deputado Jean Wyllys

Carta aberta ao deputado Jean Wyllys

V. Exa. deputado Jean Wyllys,

Chamo-me Renata e resido em São Paulo. Sou cidadã brasileira, casada, mãe de família e profissional.O intuito dessa mensagem é dirigir-me a V. Exa. no sentido de expor-lhe, data venia, minha indignação e repúdio a diversas mensagens que V. Exa. postou em seu twitter, como resposta à primeira mensagem oficial do Santo Padre enviada por este meio de comunicação.

O senhor, em uma clara mensagem que incita o ódio e a humilhação ao Papa, afirma diversas acusações contra a Igreja Católica. Duas coisas me chamaram a atenção: primeiro, o senhor, como uma pessoa pública e representante do povo brasileiro que o elegeu (este povo, que em último censo realizado pelo IBGE mostrou-se majoritariamente religioso), teve uma postura desrespeitosa e impertinente.

Gostaria de lembrá-lo que o Papa é um chefe de Estado. Aos chefes de Estado deve-se o respeito e a consideração,por mais que discordemos de suas posturas éticas, filosóficas ou religiosas. O senhor, neste ponto,considerou-se acima do respeito devido a um chefe de Estado.

Em segundo lugar, eu quero pedir-lhe que me envie as fontes “primárias” que comprovem TODAS as acusações que o senhor levantou contra a Igreja Católica. Quero lembrá-lo que, para tanto, será necessário ir às fontes, não aos impropérios que qualquer professor de cursinho repete, sem nem mesmo saber o que faz, nas aulas de História, completamente ideologizadas pela visão marxista antireligiosa.

O senhor em seus comentários deveria, por força de justiça, junto com suas acusações à Igreja, dizer quais foram os bens legados e ainda hoje mantidos pela MAIOR INSTITUIÇÃO DE CARIDADE EXISTENTE NA FACE DA TERRA. Se não o fez, prova que a intenção não era a de simplesmente discordar da visão do Santo Padre e da Igreja Católica, mas a de incitar o ódio contra eles. O senhor deveria, por exemplo,citar que a Igreja Católica criou os conceitos de :

- Universidade,

- Hospital (com seu ápice em São Camilo de Lelis, o qual foi o fundador dos padres e freiras que se dedicam aos cuidados dos doentes e que deu origem à “Cruz Vermelha”)

- Atendimento “humanizado”, baseado na antropologia cristã de que somos todos imagens e semelhança de Deus. Aqui, vale lembrar que na India, por exemplo, o sistema de castas afirma que existem os “intocáveis”, que não devem nem ser tocados pelas pessoas de castas superiores – vide o trabalho de Madre Teresa de Calcutá)

- Avanço nos estudos astronômicos (uma pequena pesquisa pode fazê-lo ver que grande parte das estrelas e demais corpos celestes mais importantes receberam nomes de padres jesuítas, exímios astrônomos)

- Genética (o monge beneditino Gregor Mendel é considerado o pai da Genética por ter sido o primeiro a perceber que os fatores hereditários transmitiam-se de acordo com uma proporção matemática evidenciável)

- Cuidado de doentes incuráveis (os leprosários onde ninguém queria entrar eram cuidados por padres e freiras cujos nomes permanecem no mais total anonimato, mas que foram heróis da caridade, muitas vezes vindo a morrer pelas doenças transmitidas pelos doentes dos quais cuidavam desinteressadamente)

- Caridade: apesar de a máxima “fazer aos outro o que quer que ele lhe faça” ser universal, não podemos negar que ela encontrou um eco forte e vigoroso entre os cristãos, especialmente os católicos (vide São Francisco de Assis, Madre Teresa de Calcutá, São Vicente de Paulo e tantos e tantos católicos que não vão nunca aparecer na mídia, mas que são os verdadeiros herois da humanidade)

- Ecologia – o respeito pela criação, que vibra tão pujantemente das palavras e ações do “pobre de Assis”.

Como podemos evidenciar, deputado, sua mensagem deixou muita coisa por dizer. Evidenciou uma verdade distorcida, caluniadora e de fracos argumentos. Entendemos que, com isso, o senhor não teve uma verdadeira intenção de contrapor-se às ideias do Papa, mas em desrespeitá-lo e levar outros a fazer o mesmo.

Concluo esta mensagem pedindo-lhe que venha a público desculpar-se pelo viés causado por suas mensagens e também pedir-lhe que, em um próxima vez, lembre-se que com a fé das pessoas não se brinca; se respeita, por mais que dela discordemos.

Atenciosamente,

Renata Gusson


Para manifestar-se contra as declarações do deputado Jean Wyllys sobre o Santo Padre os usuários podem ligar para o gabinete do parlamentar em Brasília:
Tel: (61) 3215-5646


O twitter do deputado é: @jeanwyllys_real
Fonte: ACI DIGITAL e Blog Ancoradouro