terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O que são sacramentos?






Sacramento são gestos de Deus em nossa vida. Realizam aquilo que expressam simbolicamente. Os sacramentos são por conseguinte:
Sinais sagrados, porque exprimem uma realidade sagrada, espiritual;
Sinais eficazes, porque, além de simbolizarem um certo efeito, produzem-no realmente;
Sinais da graça, porque transmitem dons diversos da graça divina;
Sinais da fé, não somente porque supõem a fé em quem os recebe, mas porque nutrem, robustecem e exprimem a sua fé;
Sinais da Igreja, porque foram confiados à Igreja, são celebrados na Igreja e em nome da Igreja, exprimem a vida da igreja, edificam a Igreja, tornam-se uma profissão de fé na Igreja.
Quantos e quais são os Sacramentos?
São 7 os sacramentos que Deus nos proporciona:
BATISMO
EUCARISTIA
PENITÊNCIA OU CONFISSÃO
CRISMA
MATRIMÔNIO
ORDEM
UNÇÃO DOS ENFERMOS
Quais são os tipos de Sacramento?
Sacramentos de Iniciação Cristã (Batismo, Eucaristia e Crisma)
Sacramentos de Serviço (Ordem e Matrimônio)
Sacramentos de Cura (Penitência e Unção dos Enfermos)
Através desta página, você terá acesso a informações bem simples e básicas desse maravilhoso gesto de amor dado por Jesus à sua Igreja. Pois Ele é o primeiro, o verdadeiro sacramento, pois é instrumento e o sinal eficaz da divinização da humanidade.







NASCIMENTO PARA A VIDA EM CRISTO

O Batismo é o Sacramento do nascimento. Como a criança que nasce depende dos pais para viver, também nós dependemos da vida que Deus nos oferece. No Batismo, a Igreja reunida celebra essa experiência de sermos dependentes, filhos de Deus. Pelo Batismo, participamos da vida de Cristo. Jesus Cristo é o grande sinal de que Deus cuida de nós.
A palavra batismo vem do grego, e significa mergulhar. Com o Batismo mergulhamos em uma nova realidade: a vida nova em Cristo.
Grande é o número de batizados, mas analisando os motivos que os levaram ao Sacramento, constatamos que nem sempre estes foram os melhores, mas, ao contrário, estavam bem distantes do fundamento cristão.
Os Pais, ao pedirem o Batismo para seus filhos, deveriam estar voltados para o sentido cristão do Batismo.
Jesus Cristo instituiu este sacramento. Ele quis ser batizado em obediência ao Pai, para iniciar suas atividades messiânicas, realizando a vontade de Deus e seu plano de salvação. Dirigiu-se ao Jordão, a fim de ser batizado por João Batista, o qual inicialmente, por se achar indigno de tal prática se nega, mas cede diante da advertência de Jesus: "Deixai por agora, pois convém que cumpramos a justiça completa" (cf. Mt 3,15).
Depois que Jesus foi batizado, saiu logo da água. Eis que os céus se abriram e viu descer sobre Ele, em forma de pomba, O Espírito de DEUS. E do céu meio uma voz: "eis meu Filho muito amado, em quem ponho a minha afeição"(cf. Mt 3,16s).
A partir do momento em que Jesus foi batizado, instituiu o Batismo para toda a humanidade.
No Batismo de Jesus, entendemos o que sucede conosco: nos tornamos filhos de Deus, recebemos o Espírito Santo.
O Batismo não somente purifica de todos os pecados, como também faz do neófito "uma criatura nova"(cf. 2Cor 5,17), um filho adotivo de DEUS que se tornou "participante da natureza divina" (cf. 2Pd 1,4), membro de Cristo e co-herdeiro com ele (cf. Rm 8,17), templo do Espírito Santo.








DEUS MESMO SE REPARTINDO COMO PÃO

A Eucaristia é o alimento. Ninguém vive sem se alimentar. Para viver, dependemos não só da comida, mas também do pão da fraternidade, do carinho, da justiça. Nessa experiência de repartir o pão de cada dia, seja o pão de trigo, seja o pão da dor ou da alegria, Deus está presente. Celebrar a Eucaristia é também uma denúncia contra a falta de fraternidade que existe no mundo; porque na Eucaristia comemos do mesmo pão, quando na vida falta pão para tanta gente. Acreditamos e celebramos tudo isso na comunhão. A Eucaristia é Deus mesmo se repartindo como pão, na doação de Jesus.
A Eucaristia É o corpo de Cristo que alimenta plenamente nossa vida.
Alguns dentre tantos motivos que são apresentados pelos que recebem a Eucaristia são os seguintes:
. Não se acham dignos para receber este sacramento;
. Dizem não haver condições para se afastarem do pecado no mundo em que vivem;
. Não dispõem de tempo.
Todos estes motivos não são verdadeiros, pois Jesus é misericordioso para com todos os que a Ele querem se aliar:
. Jesus ao instituir a Eucaristia não fez discriminação entre dignos e indignos, Durante a refeição, Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos seus discípulos dizendo:
"Tomai e comei, isto é o meu corpo". Tomou depois o cálice, rendeu graças e deu-lho dizendo: "Bebei dele todos, porque isto é o meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, derramado por muitos homens em remissão dos pecados"(cf. Mt 26,26-28).
. Jesus se aproxima dos "pecadores" para chamá-los à conversão. "Não são os sadios que precisam de médico mas os doentes. Ide e aprendei o que significam as palavras: 'quero a misericórdia e não os sacrifícios'. Por que não vim para chamar os justos e sim os pecadores" (cf. Mt 9,12s).
. Se há "tempo" para o trabalho, lazer e tantas outras atividades, como não encontrar tempo para ser obediente ao desejo de Jesus, participando da celebração da vitória da cruz, passagem da morte para a vida: Eucaristia, Páscoa da Igreja? As desculpas revelam as prioridades que o homem tem em sua vida.
"Um homem deu um grande banquete e convidou muitas pessoas. Na hora do banquete mandou seus empregados dizerem aos convidados: 'venham, pois está tudo pronto'. Mas todos, um a um, começaram a dar desculpas" (cf. Lc 14,16-18).









RECONCILIAÇÃO COM DEUS E COM OS IRMÃOS

A Confissão ou Penitência é a volta. Quase todo dia a gente cai e se levanta. Pequenas quedas e grandes tombos. Ninguém quer ficar no chão. A gente pisa em falso porque mão enxerga bem os passos e o caminho de Jesus. Erramos de caminho. Atrapalhamos a caminhada uns dos outros. Deus sempre dá a mão para a gente se deixar reconduzir. No sacramento da Penitência celebramos a coragem de pegar de novo na mãe de Deus e voltar a andar no caminho Dele, que é o caminho da irmandade.
Algumas dificuldades que os jovens e adultos costumam Ter para a prática da Confissão Sacramental:
. falta de humildade: eu me confesso diretamente a DEUS;
. medo de ser repreendido(a) pelo padre;
. falta de fé, cujo argumento é ser o padre portador de defeitos semelhantes ou piores que os das outras pessoas;
. ausência de pecado mortal;
. fragilidade quanto ao propósito de conversão.
Analisemos, porém, ponto por ponto:
. Quem nega a validade do sacramento da Confissão, está negando a própria Igreja, a qual recebeu do Senhor o poder de perdoar. Quem diz que só se confessa diretamente a Deus, dispensando o sacerdote, não entendeu o que significa a instituição deste Sacramento.
"Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus. Tudo o que, ligardes na terra será ligado no céu" (Mt 16,19;18,18).
. Jesus não desaponta ninguém. Ao contrário é compreensivo e misericordioso, Se o padre está ali em missão que lhe foi confiada por Jesus, por que temê-lo? Ele irá seguir seu exemplo.
"Não vim chamar à conversão os justos mais sim os pecadores" (cf. Lc 5,32).
. O perdão de DEUS não depende de grau de santidade do padre. Quando o padre absolve, é Cristo quem absolve, independentemente das virtudes ou defeitos do ministro.
. Um grave pecado do homem é julgar-se perfeito, achar que não tem pecado, esquecendo-se de que continuamente temos necessidade de purificar-nos, de buscar, através do ministério da Igreja, o perdão dos pecados que cometemos após o Batismo. Por mais que procuremos Ter uma vida de santidade, sempre incorremos em alguma falta. Jesus Cristo insistiu o Sacramento da Reconciliação justamente por saber de nossas fraquezas humanas. Embora não tenhamos pecado mortal, devemos nos confessar com certa regularidade.
Palavra de S.S. o Papa João Paulo II: "em nome do Senhor Jesus e em união com toda a Igreja, confirmamos todos os nossos sacerdotes na grande eficácia sobrenatural do ministério perseverante que se exerce através da Confissão auricular.. Uma vez mais, instruamos nosso povo sobre os grandes benefícios da Confissão freqüente. Estou plenamente convencido de que, como afirmou meu predecessor Pio XII esta prática foi introduzida na Igreja não sem a inspiração do Espírito Santo"(Aos Bispos Canadenses, 17/11/1978).
. A conversão está intimamente ligada ao arrependimento, ao propósito de ser mais justo(a), mais puro(a), mais santo(a). Se não houver isto, o perdão de DEUS não realiza sua ação.
"Reconduze-nos a ti, Senhor, para que retornemos! Renova nossos dias como antigamente! (cf. Lam 5,21).







Crisma
Crisma
A FORÇA DE DEUS AGINDO EM NÓS

A Crisma é a força de Deus. Nós só conseguimos viver porque Deus nos dá essa força. Essa força de Deus é o Espírito Santo agindo em nós. Na Igreja, a experiência de nossa vida é celebrada no sacramento da Crisma. A Crisma é o sacramento do cristão que está amadurecendo na fé.
Este é um dos sacramentos que oferece maiores oportunidades para a evangelização dos joves.
Do latim confirmare, confirmação tem o sentido de consolidar, firmar o cristão na fé. É o gesto de receber a Crisma, pois todo jovem cristão deve assumir seu compromisso na comunidade.
Realidades que se nos deparam em relação ao Sacramento da Crisma:
. Não preciso ser confirmado, porque já sou cristão, fui batizado;
. Tenho o Espírito Santo, que recebi no Batismo, minha salvação está garantida;
. Vou receber o Sacramento da Crisma, porque é um sacramento a mais ao qual eu tenho direito;
. Meus pais querem que eu seja crismada, vou satisfazê-los.
Pelo Batismo recebemos o Espírito Santo e nos tornamos filhos de DEUS.
"Pelo Sacramento da Crisma aqueles que renasceram pelo Batismo recebem o Dom do Espírito Santo, são enriquecidos por ele com uma força especial, marcados por esse sacramento ficam mais perfeitamente unidos à Igreja e mais estreitamente obrigados a espalhar e defender a fé por palavras e atos como verdadeiras testemunhas de Cristo"
Jesus Cristo ao instituir cada sacramento previu que iríamos precisar de graças especiais, conforme as circunstâncias, que apareciam em nossa peregrinação neste mundo.
Pela graça da Crisma, o Espírito Santo nos revela os caminhos a seguir e nos inspira em nossa missão, a fim de colaborarmos na obra da salvação de todos os homens.
"Eu coloquei você como luz para as nações, para que leve a salvação até aos extremos da terra"(cf. At 13,47).
A Crisma não pode ser decisão dos outros, não basta os pais desejarem, pois é o Espírito Santo que se manifesta e escolhe as pessoas para concretizar o plano de Deus. Dirigi-se e as orienta no seu comportamento, inspirando-as no seu agir, portanto tem de ser o nosso "sim" consciente, um "sim" que é dado pelo amor a Deus e confiança, que nele depositamos, a exemplo do "sim" que foi dado por Maria Santíssima. "Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra"(cf. Lc 1,38).







DEUS PRESENTE NO AMOR DO CASAL

O Matrimônio é o amor. Ninguém consegue viver sem a presença e a amizade de outras pessoas. Ninguém está sozinho. No casamento, essa amizade é repartida entre o marido e a mulher: é repartida entre o casal e os filhos, e com a comunidade onde vivem. O mais difícil do amor é permanecer firme nele. Só deus mesmo é capaz de ser, sem defeito, fiel e amoroso. Quando o casal é fiel no amor, é um grande sinal de Deus. Deus está presente no amor do casal. Quem acredita nisso pode casar na Igreja.
Há muitas pessoas que encaram o casamento religioso como simples ato social. Sua atenção se volta para as vestimentas luxuosas, fazem questão de casar em igreja ou santuário, que dizem pertencer a uma sociedade de elite, enfim, seu objetivo é a ostentação, fazendo do lugar sagrado, que é o altar, um verdadeiro palco de seus caprichos.
Os que fazem do Matrimônio um ato social estão desrespeitando o Sacramento e a Igreja, desagradando a DEUS, pois o casamento religioso é uma verdadeira celebração de fé e amor.
O Matrimônio no plano de Deus
  • Como união do homem e da mulher existe desde o princípio da humanidade:
"Crescei e multiplicai-vos e enchei a terra" (cf. Gn 1,17s).
  • Jesus juntou ao contrato natural já existente a graça santificante que, para os batizados, sobrenaturaliza o amor humano e santifica os cônjuges.
"Não pensem que eu vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim abolir, mas para dar pleno cumprimento" (cf. Mt 5,17).
  • É sinal do amor que DEUS tem com a humanidade, por isso não pode ser desfeito.
"O que DEUS uniu, o homem não deve separar" (cf. Mt 19,6).
  • É um fruto da Cruz de Cristo e isto São Paulo nos faz entender, quando fala aos Efésios.
"E vós, maridos, amai vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, a fim de purificá-la" (cf. Ef 5,25s).
  • É comunhão e participação:
"O Senhor DEUS disse: não é bom que o homem fique só; vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada" (cf. Gn 2,18).










CONSAGRAÇÃO AO SERVIÇO DA COMUNIDADE

Ordem é o sacramento pelo qual o homem vocacionado por DEUS é consagrado para ser continuador e ministro de Cristo, isto quer dizer, seu representante aqui na Terra.
O padre, entretanto, muitas vezes é alvo de opiniões injustas e críticas severas, sendo acusado como alguém que está fora da realidade ou então como pessoa infiel aos seus propósitos.
O sacerdote, embora sendo um homem como todos os outros, existe nele uma dimensão especial, pois foi escolhido por Cristo para que sua ação salvadora pudesse chegar até nós. Jesus confia a ele seus planos e projetos.
"Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo" (cf. Mt 28,19s).
O sacerdote é aquele que ouve o chamado de DEUS e o atende; não é alguém que por si mesmo decide ser sacerdote, motivo por que não pode ser envaidecer desta dignidade nem renunciá-la, depois de Ter aceito, pois foi instituído por DEUS.
"Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e constitui para que vades e produzais fruto e o vosso fruto permaneça. Eu assim os constitui, a fim de que tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome ele vos conceda" (cf. Jo 15,16).




A CURA DA DOENÇA

A Unção dos Enfermos é a cura. A doença nos mostra que somos limitados. A doença é também sinal de nossa flata de fraternidade, de nosso pecado. Deus cura a doença e a raiz da doença. Deus está presente em nosso esforço de arrancar o mal pela raiz. É o que celebramos na Unção dos Enfermos.
É comum ainda nos tempos atuais, vermos o pavor que tantas pessoas têm do Sacramento da Unção dos Enfermos, alegando que a presença do padre, junto ao doente, traz mau agouro e por isso deixam de solicitá-lo ou só o chamam quando o enfermo já está inconsciente para não assustá-lo, por pensar que o sacerdote vem anunciar a morte.
As atitudes acima revelam a falta de evangelização salvadora e de uma catequese esclarecida. A Unção dos Enfermos é o sacramento da salvação total, do corpo e do espírito ao mesmo tempo. É o sacramento da esperança, porque ajuda o doente a entregar-se confiante nas mãos de DEUS.
Jesus sempre teve um grande carinho pelos doentes. Quando os judeus os desprezavam, porque consideravam a doença um castigo de DEUS, Ele acolhia com amor e os curava.
"E passando Jesus, viu um cego de nascença. Os seus discípulos perguntaram-lhe: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: nem ele nem seus pais, mas foi para se manifestarem nele as obras de DEUS." (cf. Jo 9, 1-3).
O sacerdote sabe como se chegar ao enfermo, para que ele mesmo deseje receber o sacramento por confiar na misericórdia divina.
Jesus quis que aqueles que o acompanhavam continuassem sua missão, por isso deu a seus discípulos o dom da cura.
"Então os discípulos partiram e pregaram para que as pessoas se convertessem. Expulsavam muitos demônios e curavam muitos doentes, ungido-os com óleo" (cf. Mc 6,12s).
O Senhor ressuscita renova este envio e confirma, através de sinais realizados pela Igreja ao invocar seu nome:
"Quando colocarem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados" (cf. Mt 16,18).





"Senhor, tu sabias que os homens precisavam de sinais para te compreender. E por isso não duvidaste um instante sequer em te tornares sinal para nós: aceitaste um corpo humano. Mas foste mais longe ainda: para nos transmitires a abundância da tua vida divina, usaste sinais para nós te entendermos melhor. E para que nunca ninguém pudesse dizer que não te pôde encontrar, deixaste os sacramentos na Igreja. Nestes sacramentos, tu te encontras com quem quiser encontrar-se contigo.
Obrigado, Senhor. É muita bondade tua. Agora me preparo e faço questão de me encontrar contigo. Amém!

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